Presidente do conselho, o secretário estadual de Comunicação Robinson Almeida enfatizou que a criação do órgão cumpre o Artigo 277 da Constituição do Estado da Bahia, que afirma que cabe ao conselho formular a política de comunicação social do Estado. "É preciso enxergar o setor como um segmento que demanda políticas públicas, assim como acontece com a educação e a cultura", destacou.
Debate - A instalação de CCSs nos níveis estadual e federal enfrenta a resistência da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), que se opôs à criação do conselho nacional e em outros estados que propuseram iniciativas semelhantes, como o Ceará.
Wagner, por sua vez, reiterou que o CCS tem como objetivo debater políticas de comunicação concernentes ao governo da Bahia, afastando a possibilidade de interferência na atuação dos veículos. “A liberdade de imprensa é um direito garantido no texto constitucional. Longe de mim fazer qualquer tipo de controle”, assegurou. Na avaliação do governador, qualquer ingerência sobre os meios de comunicação seria inócua. “A sociedade brasileira já mostrou que é madura e que não aceita barreiras à sua livre expressão”, argumentou.
Em seu discurso para o auditório lotado, o governador Jaques Wagner foi aplaudido ao afirmar : “Lutamos a vida inteira contra isto. Não queremos controlar, nem ser controlados”.
Apesar de não poder deliberar diretamente sobre o conteúdo dos meios de comunicação, o conselho poderá receber denúncias sobre o que possa ser considerado abuso e violação de direitos humanos na mídia. Os casos serão avaliados e encaminhados ao Ministério Público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário