terça-feira, 1 de novembro de 2011

RESPOSTA A AZEVEDO 1

É vergonhosa a postura do atual prefeito de Itabuna ao comentar reportagem que coloca nosso município como campeão na taxa de mortalidade infantil, com 29,4 óbitos por 1.000 nascidos, enquanto os melhores índices não ultrapassam 8 por 1.000. Mesma informação que nos coloca como vice-campeões em homicídios, ficando apenas atrás de Marabá (PA), esta com 125 homicídios por 100.000 habitantes, seguida de Itabuna com 113,8 por 100.000. Os melhores índices variam entre 3,8 e 8,8.
Quem se elege não tem o direito de se lamuriar e tentar transferir a responsabilidade para outros entes governamentais. A propósito, a quase totalidade dos investimentos realizados em Itabuna é feita com recursos federais ou estaduais, a exemplo das obras dos bairros Maria Pinheiro, São Roque/Caixa D´água, Zizo, Jorge Amado, as casas e apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, construção da barragem de Itapé, sem falar no canal da Amélia Amado, que se arrasta há dois anos sem mostrar sinais de que vai ser concluído.
No que se refere ao ridículo título de 1º lugar na taxa de mortalidade infantil, não se pode colocar como panaceia o retorno da gestão plena, pois, no governo passado, do qual o atual era vice-prefeito e secretário, o município foi desabilitado da plena justamente pela desassistência e pelo grau de corrupção que sangrava os recursos da saúde.
A redução da mortalidade infantil exige um bom acompanhamento pré-natal. O que só é possível por meio de uma boa assistência na atenção básica e políticas de assistência social, psicológica e nutricional das genitoras. Para oferecer tais serviços, o município não depende do controle da plena. Um pré-natal de qualidade reduz substancialmente a necessidade de intervenção médico-hospitalar pós-parto.
Concordo que precisamos ampliar o número de UTIs neonatais, mas de nada adiantará tal medida se o governo municipal não assumir sua responsabilidade de oferecer uma atenção básica de qualidade à população.
Wenceslau Júnior é Vereador em Itabuna e professor do curso de Direito da UESB.

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