Há cerca de 10 dias, talvez menos, o PMDB, através do seu líder na Câmara, Henrique Alves, disse que o seu partido estava “positivo”, enfim, invulnerável em relação a práticas de corrupção. Ao mesmo tempo alardeava-se que a presidente Dilma não pretendia entrar em choque com o partido, seu principal aliado. As peças estão se encaixando. A presidente não está com a mínima vontade em agir em relação às denúncias contra o Ministério da Agricultura, comandado por Wagner Rossi, do PMDB, como o fez com o Ministério dos Transportes. O ministro foi denunciado por Oscar Jucá Neto, irmão de Romero Jucá, líder do governo no Senado. No caso, já não é denúncia, mas, sim, “briga interna dentro do partido”. A presidente deveria acionar a CGU e a Polícia Federal. Acionou, porém, o próprio PMDB. Romero Jucá pediu desculpas pelo irmão e ela foi avisada na noite de ontem que a legenda “se acertou internamente": mandará Wagner Rossi se explicar na Comissão de Agricultura da Câmara (?). Tudo bem arrumadinho. Na Comissão será mamão com mel. O ministro sairá de lá aplaudido, após “convencer” os deputados da correção do Ministério, que será, naturalmente, santificado. E toca o bonde que os corruptos correm atrás.
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