O governador Jaques Wagner (PT) reclamou da forma como o Sindicato dos Empresários de Transporte Público de Salvador (Setps) tentou influir na decisão sobre a mobilidade urbana da capital baiana, ao oferecer-se para bancar os R$ 600 milhões da obra de BRT (corredores exclusivos de ônibus), caso a decisão do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) em favor do metrô fosse alterada. “Legitimamente, os empresários do Setps têm o direito de defender seus negócios, agora a cidade não pode ficar refém. O empresário é que tem de se adaptar à escolha do poder político”, posicionou-se, em entrevista no programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5. O governador rotulou a proposta apresentada somente após a divulgação da preferência do Estado pelo metrô como “estranha”, já que o Setps participou do PMI em consórcio com a Odebrecht e, dentro do prazo, não fez esta oferta. “Deveria ser levada ao PMI e ela não consta. Veio mais para confundir do que para esclarecer”, lamentou. Ao final, o chefe do Executivo estadual voltou a recriminar a ação dos empresários. “Não estou aqui para agredir e para descredenciar quem quer que seja. Agora, cada qual no seu cada qual. Eu me pauto no que entendo que é o melhor para o interesse público”, disparou.
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